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Notícia

Luce Malba analisa a atividade de escolas inclusivas na atualidade

A importância do desenvolvimento do processo estudantil e a aplicação de práticas inclusivas em sala de aula estão cada vez mais em evidência no Brasil. As temáticas foram analisadas pela especialista em educação inclusiva, Luce Malba, durante o III Workshop do Sinepe, realizado em São Luís.

A professora, conversou conosco e falou sobre os desafios, avanços e incentivos à pedagogia inclusiva na atualidade, em uma entrevista esclarecedora e cheia de dicas para quem está em no processo de escolha da escola dos filhos.

Quais os principais desafios para a educação inclusiva em São Luís?

Luce Malba: São muitos, como em toda realidade brasileira. Nós podemos elencar alguns
eixos, como: a relação da escola com a família, as adequações curriculares, a
própria filosofia da escola são alguns entraves que podem existir.

Existem boas iniciativas na educação local?

Luce Malba: Existem muitas experiências exitosas por parte das escolas, como a própria
sala de recursos, que é uma estratégia muito positiva. A possibilidade de fazer
um atendimento individualizado para aquele aluno que tem uma necessidade
específica e a escola de pais, que é uma estratégia para preparar a família
para se relacionar com a escola, são outros recursos importantes que já estão
sendo executados.

Por onde a escola pode começar para se tornar inclusiva?

Luce Malba: O primeiro ponto fundamental é a sensibilização de sua equipe. Eu sempre
digo que o conhecimento científico está em constante construção, mas se não
houver uma sensibilização do que é ser professor, gestor, de quem trabalha na
escola, essa modalidade de educação não vai acontecer.

Como os pais podem escolher a escola ideal para seu filho?


Luce Malba: A família deve buscar um espaço onde ela se vê parceira da escola, onde ela
se torna companheira da escola na construção da proposta pedagógica. Se
não houver essa sintonia, a inclusão não avança. É preciso fortalecer essa
relação.

Todos os casos de deficiência podem ser incluídos na escola comum?


Luce Malba: Há casos mais severos, mais graves, que exigem uma outra modalidade de
intervenção educacional, e que, muitas vezes, a escola regular não dá conta.
Embora a lei preveja que a escola regular precisa assumir a responsabilidade,
eu vejo que há situações que nós precisamos compreender que a escola não
vai dar conta, então não é aquele o lugar ideal. O psicólogo educacional e o
psicopedagogo, que são profissionais vinculados à dinâmica da escola, junto
com outros profissionais, têm mais propriedade para indicar quando é possível
e quando não é.