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Novo Ensino Médio: três conselhos para pais, alunos e escolas

Com o início do ano letivo de 2022, o Novo Ensino Médio passou a ser, de fato, uma realidade para as instituições de ensino. A principal novidade é uma formação que visa aproximar os jovens do mercado de trabalho e estimular, desde cedo, a autonomia para escolher os rumos profissionais, levando em conta os próprios interesses. 

Na prática, isso significa que as escolas continuam a ter um currículo em comum, definido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas vão passar a contar também com uma grade curricular mais flexível e que leve em conta a autonomia desses adolescentes. 

A diretora do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado do Maranhão (Sinepe/MA) e integrante do Conselho Estadual de Educação do Maranhão (CEE/MA), Elsa Balluz, dá algumas dicas sobre como pais, alunos e escolas podem se adaptar à novidade. 

  1. Escute o que os alunos têm a dizer.

O protagonismo juvenil é o fio condutor da proposta do Novo Ensino Médio. Sendo assim, ouvir o que os jovens têm a dizer é fundamental para o sucesso da proposta – seja para os estudantes e suas famílias, seja para a escola. 

“O Novo Ensino Médio carrega na sua essência o propósito de capacitar e garantir o protagonismo juvenil. A escola precisa oferecer um canal de escuta para saber quais são as expectativas deles para esta etapa. Os pais, por sua vez, precisam ouvir os filhos, entender quais são suas percepções e sonhos”, frisou a diretora. 

  1. Vá além do vestibular. 

Segundo Elsa, é bem comum que, no Ensino Médio, a maior preocupação dos pais seja com o vestibular e a entrada na faculdade. Mas essa não precisa ser a única finalidade dos últimos anos da Educação Básica. O ideal é que o Ensino Médio sirva para aprimorar habilidades que vão ser necessárias na vida adulta. 

“Preparar para a vida adulta leva tempo, e exige vivenciar experiências, aprender a se perceber e se colocar no mundo, desenvolvendo as competências para viver em sociedade de maneira ativa e responsável”, pontuou. 

Ou seja: tão importante quanto o vestibular, é permitir que os jovens vivenciem os últimos anos de escola como um momento de treino para o mundo real. 

  1. Encare o Ensino Médio como uma fase de autoconhecimento

De acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil, lançado pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras do Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp), a evasão escolar nas faculdades e universidades chega a 40% - um patamar considerado alarmante. 

Para Elsa, a possibilidade de se identificar com uma área específica de conhecimento já no Ensino Médio pode aumentar a possibilidade de que o estudante siga na graduação até o final do curso – ou que venha a trabalhar com algo que realmente se identifique, caso venha a permanecer apenas com a qualificação técnica. 

“A identificação com uma área de conhecimento será mais inspiradora se for escolhida com mais propriedade. Daí a importância do Projeto de Vida, que propõe desenvolver o autoconhecimento”, explicou.