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SINEPE-MA realiza V Seminário de Líderes Educacionais com sucesso e discute assuntos importantes
Foi a realizada a quinta edição do Seminário de Líderes Educacionais, promovida pelo Sindicado dos Estabelecimentos de Ensino no Maranhão (SINEPE-MA), por meio da Escola de Gestores. O evento foi realizado de 29 a 31 de outubro no Brisamar Hotel, em São Luís. Os papeis do gestor educacional, liderança, a linguagem em sala de aula, desafios para a educação básica e gestão financeira educacional serão alguns dos temas abordados. “O
Seminário complementa um dos papais do Sindicato que é de preparar os gestores das instituições privadas de ensino para o desenvolvimento de um processo educativo inovador, e é isto o que estamos buscando com a realização de mais um Seminário”, disse Paulino Pereira, presidente do Sinepe-MA.
Uma das palestrantes foi a professora Elizabeth Guedes, que falou sobre o Ensino a Distância. A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) espera que até 2023 o Brasil terá mais alunos estudando à distância que em salas de aulas convencionais. O Ensino a Distância cresce em um ritmo mais acelerado que o presencial, mas ainda não é a primeira opção do alunado. De acordo com o último Censo da Educação Superior, em dois anos, a Educação à Distância cresceu mais de 20% no país. Pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), divulgada em maio deste ano, mostra que 44% optam pela modalidade à distância, enquanto 56% preferem o ensino preferencial. Ter um curso superior é uma condição considerada básica, na atualidade, visto que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e exigente.
O tempo para dedicar-se aos estudos tornou-se cada vez mais complicado, visto o desenvolvimento dos grandes centros urbanos. Se locomover de um ponto ao outro tornou-se mais difícil e oneroso. Mas, e o que fazer quando a rotina não permite um horário fixo para se dedicar aos estudos? Pensando nisso, instituições de ensino superior têm, cada vez mais, buscado alternativas para atender a essa demanda crescente. Estudar à distância possibilita maleabilidade, conforto e preços mais atrativos. “A questão do ensino a distância é que ele não é uma modalidade de ensino, é uma forma de entregar conteúdo pedagógico. Você pode utilizar aulas 100% com professores ou pode colocar o aluno para estudar em casa com material didático desenvolvido com esse fim ou ainda ele pode, em sua casa, acessar a plataforma e realizar o auto estudo”, explicou, Elizabeth Guedes, vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), presidente da Câmara Ensino Superior (CONFENEN-DF), entre outras atribuições.
Ensino a distância muda formas de se relacionar
No ensino à distância, o professor atua como um tutor e seu principal desafio é vencer a distância estabelecendo assim, uma relação entre o aluno e o conteúdo escolhido. Estar presente diariamente em uma sala de aula é algo completamente desnecessário e o uso de apetrechos tecnológicos para adquirir conteúdo pedagógico é cada vez mais comum. Os olhares voltaram-se para uma nova realidade. Com isso, diminuiu-se o preconceito em relação a essa modalidade de ensino. Entretanto, apesar do crescimento e dos grandes avanços tecnológicos, o tema ainda divide opiniões. "Antes, havia um receio sobre Ensino a Distância, afinal, era novidade para todos. Mas é importante reforçar que a certificação do diploma tem a mesma importância, o mesmo peso, que a do ensino tradicional, presencial", enfatizou Geraldo Siqueira, diretor-geral da Estácio na capital maranhense.
Ainda com muitas polêmicas, estudar à distância tem mudado relações e é um exemplo de como as tecnologias podem ser utilizadas em favor do ensino. A ABMES espera que até 2023 o Brasil terá mais alunos estudando à distância que em salas de aulas convencionais. “É uma metodologia que é inevitável. As crianças já crescem com tabletes na mão, então, você não pode querer que elas fiquem sentadas numa escola durante horas, explicou Elizabeth.
Excesso de regulamentações
Elizabeth critica a forma como o ensino à distância é aplicado no Brasil, principalmente o excesso de regulamentações por meio do Ministério da Educação. “O Brasil tem uma cultura perversa. Nós temos um ministério que gosta muito de regulamentar. Então, toda área de ensino superior é muito regulamentada com pouca ênfase na ética. Querer legislar sobre a forma que você vai gerir o conteúdo é uma tendência anacrônica e totalmente superada. O Brasil deve olhar para o exterior ver o que os grandes centros educacionais estão fazendo e pensar o nosso marco regulatório”, discorreu a especialista.